Sexo vende, meu bem
Essa moça nunca despertou meu interesse. Nem é por ter sido puta, porque no meu mundo perfeito as pessoas dão pra quem elas querem e se tem gente que considera pagar por isso - e por outro lado pessoas que aceitam receber - não é da minha conta. Mas daí ela escreveu um livro. E publicaram o livro dela. Uma bonita biografia de uma pessoa com menos de um quarto de século de vida, recheada com dicas de sexo para dummies. Uau, bombou, best-seller. Porque se tem uma coisa que a Humanidade precisa é de alguém dizendo 'coloque a mão ali', 'aperte aqui' e 'passe a língua acolá'. E na vida da moça da vida ninguém nem reparou muito, porque de adolescente reclamando que meus pais não me entendem a rua está cheia. Mas eis que então, não contente com a elevação de prostituta para celebridade, resolveram que a 'biografia' deveria virar filme. Por mim, que lote todos os cines Marabá do Brasil. Tô dormindo na pia, de tanta preocupação. Só que a Lei Rouanet já garantiu R$4.5 milhões pra produção. Uma merreca, você me dirá, já que um filme custa cinco vezes isso. Mas aí a coisa pega pra mim. Porque eu não quero financiar um filme da Surfistinha. Sacanagem por sacanagem ver a Gretchem pelada custa muito mais barato pra quem interessa e o $$ não sai dos impostos que eu pago. Pode ser que eu seja a única incomodada com o caso mas - ainda considerando o meu mundo perfeito - uma Lei de incentivo à Cultura não deveria ser utilizada para captar recursos para projetos meramente comerciais. Ou vai ser utilizado em sala de aula, tipo Educação Sexual Com orientação para Negócios?
Li o livro dela numa cópia xerox. Sim, é crime, me prendam. Mas publicar qualquer merda também deveria ser.
Atualização: E acabo de ver que marina também falou da profissional hypada do sexo aqui.
Essa moça nunca despertou meu interesse. Nem é por ter sido puta, porque no meu mundo perfeito as pessoas dão pra quem elas querem e se tem gente que considera pagar por isso - e por outro lado pessoas que aceitam receber - não é da minha conta. Mas daí ela escreveu um livro. E publicaram o livro dela. Uma bonita biografia de uma pessoa com menos de um quarto de século de vida, recheada com dicas de sexo para dummies. Uau, bombou, best-seller. Porque se tem uma coisa que a Humanidade precisa é de alguém dizendo 'coloque a mão ali', 'aperte aqui' e 'passe a língua acolá'. E na vida da moça da vida ninguém nem reparou muito, porque de adolescente reclamando que meus pais não me entendem a rua está cheia. Mas eis que então, não contente com a elevação de prostituta para celebridade, resolveram que a 'biografia' deveria virar filme. Por mim, que lote todos os cines Marabá do Brasil. Tô dormindo na pia, de tanta preocupação. Só que a Lei Rouanet já garantiu R$4.5 milhões pra produção. Uma merreca, você me dirá, já que um filme custa cinco vezes isso. Mas aí a coisa pega pra mim. Porque eu não quero financiar um filme da Surfistinha. Sacanagem por sacanagem ver a Gretchem pelada custa muito mais barato pra quem interessa e o $$ não sai dos impostos que eu pago. Pode ser que eu seja a única incomodada com o caso mas - ainda considerando o meu mundo perfeito - uma Lei de incentivo à Cultura não deveria ser utilizada para captar recursos para projetos meramente comerciais. Ou vai ser utilizado em sala de aula, tipo Educação Sexual Com orientação para Negócios?
Li o livro dela numa cópia xerox. Sim, é crime, me prendam. Mas publicar qualquer merda também deveria ser.
Atualização: E acabo de ver que marina também falou da profissional hypada do sexo aqui.
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