Wednesday, August 10, 2011

No fundo do HD Aconteceu que no 11 de Setembro eu não estava

No fundo do HD

Aconteceu que no 11 de Setembro eu não estava trabalhando. Acordei assustada com meu pai acendendo a luz do meu quarto:
- Vem ver, você não vai acreditar na &¨%$* que tá acontecendo!!
Fui pra sala e ele tinha feito chá. Uma caneca pra mim e outra pra ele. Ficamos a manhã toda na frente da tv, hipnotizados pelas notícias surreais que pipocavam uma atrás da outra. Às vezes ele quebrava o silêncio:
- Te falei que ia acontecer um treco desses, não falei?
Pior que tinha falado. E eu, como sempre, duvidava.



Dando continuidade ao protesto A imagem é bem ilustrativa, né?

Dando continuidade ao protesto

A imagem é bem ilustrativa, né?

Mas eles ainda dizem algo mais ou menos assim:

"Se você se sente como eu, a arte pode ser uma poderosa ferramenta para elevar a consciência social. Minha amiga Rebecca e eu colaboramos para fazer esse desenho para lembrar as pessoas a luta no Tibet. Por favor distribua isso livremente, espero que vejamos muitos outros como este enquanto nos aproximamos das desonrosas Olimpiadas de 2008."

Vi no Digs.
Foi feito por eles.



Tuesday, August 9, 2011

Por que? Qual a razão do comportamento bizarro de humanos

Por que?

Qual a razão do comportamento bizarro de humanos adultos quando se encontram em grupo?
Um bando de MULHERES, recém saídas de uma seleção pra emprego num famoso parque temático, entrou no ônibus se comportando como, vamos achar a palavra perfeita: idiotas. Gritando, comendo com a boca arreganhada, jogando farelo de bolachas maisena pelo ar.
Por que, gente, por que?
Eu aposto que, sozinhas, individualmente, do outro lado da mesa do entrevistador, eram todas ladies. Aposto.

Feliz Blogday! Eu sou o Ió, tá. Porque eu preciso de um

Feliz Blogday!


Eu sou o Ió, tá. Porque eu preciso de um abraço.

Boa noite, Cinderela Feliz é aquele que sonha, porque é sinal

Boa noite, Cinderela

Feliz é aquele que sonha, porque é sinal de que estava dormindo.

Então, gente, finalmente eu dormi. E dormi a ponto de sonhar. Sonhar um monte, que é coisa que não acontecia faz um tempo. Alguns pesadelos, que são o meu forte, mas me deram uma puta alegria, porque é sinal de que eu me dediquei mesmo à tarefa, que era deixar esse pobre corpo descansar. Se bem que eu corri bastante nos sonhos/pesadelos. E fui abandonada em um deles. E encontrei salas vazias em outro. Enfim.

Sonhei com o Daniel Day-Lewis. Ele vinha pra me resgatar, me salvar de um Leão. E eu o via pelas frestas da casa onde eu estava. E via também o Leão, que era três vezes maior do que o Daniel. O detalhe é que eu não ligo a mínima pro Daniel. Nunca quis fazer. Vai ver que sonhei com ele só porque acabou de ganhar um Oscar. E pra me salvar tinha que ser alguém assim, oscarizado. E ele não tinha o bigode, que só ia piorar as coisas, vocês hão de concordar. Talvez, no fundo, eu estivesse torcendo pro Leão pegar ele primeiro. Não sei, sonhos são confusos.

No outro eu era invisível. O que no fundo é um sonho que muitas vezes a gente quer realizar, ficar invisível e saber de tudo, principalmente o que sentem a nosso respeito. E daí que o pesadelo começou, porque ninguém sentia nada. Imaginem minha decepção, finalmente atravessar paredes e ouvir conversas a respeito de números de telefone e móveis que ainda não chegaram. Nada. Nem uma emoçãozinha, só negócios. Eu atravessava salas e salas e nada. Todo mundo no automático, débitos e créditos. Ninguém me viu chorar, o que foi a única vantagem de ser invisível.

Teve uma pessoa com uma serra elétrica.

Uma máquina niveladora.

Um compromisso desmarcado que me fez descer escadas correndo, jurando nunca mais voltar.

Teve a Amy Winehouse em algum momento.

É, eu dormi.



Monday, August 8, 2011

Sunday, August 7, 2011

A hipócrita Eu com essa conversa toda de desligar o celular,

A hipócrita

Eu com essa conversa toda de desligar o celular, rárárá! E o player de MP3, vou desgrudar do corpo também? Porque minha relação com ele já está consolidade, cimentada, pá de cal. Já é obsoletozinho e tudo, mas eu não mudo, não troco e não dou. Se continuar nesse chamego, em breve ele acessará Bluetooth direto com meu cérebro.

Pra essa questão eu preciso cultivar um pouco mais o desapego.

Xodó, gente, xodó.


faço o que eu quero e vou continuar a fazer Nasceu pobre,





faço o que eu quero
e vou continuar a fazer

Nasceu pobre, mas nasceu livre.
Adoro esse bichinho, adoro!


Saturday, August 6, 2011

Dias de verão Pessoalmente, não acredito em Universos

Dias de verão

Pessoalmente, não acredito em Universos Paralelos. Sou das antigas, onde o Universo por si só já agrupa tudo, galáxias, buracos negros, sistemas solares e afins. Mas tem quem afirme e justifique os tais Paralelos e eu tenho que admitir que nesses dias a única explicação plausível é: estou vivendo em um universo paralelo. Nada tem o ritmo que deveria ter. O lugar onde compro pão fica, subitamente, sem pão. Estou comendo biscoitos de polvilho no café. E às vezes não tem café, porque a marca de que gosto está em falta na prateleira.

Fui levar o carro pra autorizada. Foi de uma alegria mórbida minha constatação. Muita gente faz caquinhas nos feriados, é isso aí. Mancadas bem grandonas e coisas leves. Como o rapazinho de seus 18 anos que quase chorava alisando o amassadinho perto do farol. "Não fui eu, né. Não fui eu", ele dizia enquanto acariciava o machucado do gol 80 e pouco. Primeiro carro, primeiro amor, tava na cara. Eu lá, com aquela cara de deixa disso menino, vê só o que eu fiz com o meu primeiro carro. O perito disse "nossa, pegou bem, heim!" e eu "isso porque o senhor não viu o portão". E ele hehehe. E eu hihihi. É, amigos. Nada de funilaria e pintura. Manda lá duas portas e um pára-lamas pra motorista de alta-periculosidade aqui. Coisa pra quase um mês. Ainda bem que bater em colunas de concreto não tira pontos da carteira. Senão, babau.

Já foram ao banco em 2008? Então vão! Uma festa, parece fila na entrada do Sambódromo. Profusão de bermudas e camisas floridas. A mulherada toda com aqueles macaquinhos estampados que tomaram conta do mundo e todo mundo, mas todo mundo mesmo de havaianas. Aliás, havaianas enfeitadas com cristais. Minha prima disse que ficou mais de duas horas no quiosque de um shopping esperando pra customizar as dela. E eu "pra quê?". Ela riu com a condescendênscia que as pessoas riem daquelas outras que não sabem de nada. Eu sei, sim, madame! Só não me importo. Não hoje, amanhã talvez.

É isso. Agora eu vou cair na água, se é que vocês me entendem.
Sim, vou lavar roupas.


Parabéns, companheira! Oi, meu nome é Helen e eu não compro um

Parabéns, companheira!

Oi, meu nome é Helen e eu não compro um par de sapatos há dois meses.

:O

Quando a gente fala em mudanças profundas pode ser que isso não seja exatamente o tipo de coisa que vem à cabeça. Mas, acreditem, diz muito sobre a pessoa. Principalmente se a pessoa em questão sou eu, que não tenho nem coragem de contar quantos pares de sapato tenho no closet.

Um dia de cada vez é o lema, certo?

Na verdade eu nunca me meti em grandes furadas com essa coisa de compras. Do tipo me endividar e não conseguir pagar. Mas sempre tive MUITAS coisas para pagar. Coisas que acabei descobrindo que não precisava, realmente. Passei de consumidora COMPULSIVA pra compradora exigente. Não deixa de ser um upgrade, né?

Ô-ô: Acabei de me lembrar que comprei um par de tênis. Mas na minha concepção tênis são só calçados, não estão na categoria alegórica dos sapatos em si. Principalmente porque os que comprei são tênis de academia, com amortecedores e aquela aparência que remete a caminhar na superfície lunar ou coisa assim. Mas pelo menos são pretos e não se parecem com aqueles que a Xuxa e o Didi Mocó usam no Criança Esperança. E se me conheço bem, nunca verão a luz do sol - os meus tênis - porque tem a única e exclusiva função de se esfalfar na esteira.




Thursday, August 4, 2011

O peru Acontece que eu gosto de peru. Muito, mesmo. Passo o

O peru

Acontece que eu gosto de peru. Muito, mesmo. Passo o ano todo atrás do bichinho, mas é só nessa época que consigo topar com ele em qualquer prateleira. Mas hoje eu não estava à procura de um peru qualquer. Não. Tinha que ser um peru gigantesco, praticamente do tamanho de um pônei. Porque é pra "ceia" e tal e é muito chato quando fica aquela coisa muito francesa de pegar uma lasquinha e esperar pra ver se sobra mais. Tinha que ser um peru sarado, o meu. Com anabolizantes além dos anti-bióticos de praxe. E não tinha, né. Só pequenininhos, pareciam frangos, na verdade. E eu estava lá, resignada em encontrar uma ave do período jurássico no meio daquela pilha de pombinhos congelados. E não tenho muita noção do papel a que estou me prestando quando me dedico a uma tarefa dessas. De modo que estava ajoelhada ao lado do display onde estavam os perus, praticamente jogando os rejeitados pro outro lado da pilha. Ali, no meio do corredor de refrigerados do super-mercado. Na minha, na boa. Até que um funcionário se compadeceu.
- Hum. A senhora está procurando um peru em especial?
É. Eu podia dizer que estava, sim. Era um que eu conhecia desde criança e me disseram que ele estava ali naquela pilha e se chamava Glugsy... e é claro que eu não disse isso, porque o rapaz queria ajudar, né.
- Eu queria um maior.
- Vixe! Tem, não.
- Não?
- Não, é tudo assim desse tamnho aí. É padrão.
Isso mesmo, padronizaram os perus. Agradeci e levantei, limpando os joelhos da calça com graça e dignidade, me conformando em levar um PERUPADRÃO pra minha casa.
Enquanto estava parada em frente a prateleira de pães, me decidindo se eu queria um com 7 ou 9 grãos, o mesmo rapaz, ofegante, me alcança:
- Moça, (arf, arf, arf) já sei! A senhora quer um F5!
Momento para eu realizar do que se tratava um F5. Pensei em aviões e rifles de assalto. De qualquer maneira eu achei que poderia querer um, sem problemas. Mas ele esclareceu:
- É o código dos perus maiores!
Oh! Então existe código que categoriza os perus! Que mundo excitante e organizado esse dos congelados!
- Então eu quero um F5!
- Péra aí, que o Fulano já está trazendo!
- Tá!
E essa história termina com essa autora e o funcionário do super, na balança, pesando perus da categoria F5.
5,900kg. Não era o ideal, mas nada mal, vá...

As coisas são muito mais complicadas do que a gente imagina. Existe um código, uma subdivisão, uma hierarquia para tudo nessa vida. Não sei porque fiquei tão surpresa, porque até as formigas sabem que é dessa maneira que as coisas funcionam melhor. Eu só não tinha prestado atenção. Pelo menos não nos perus.