Wednesday, October 12, 2011

Uma ou duas coisas sobre minha mãe A Mamãe Stein não era

Uma ou duas coisas sobre minha mãe

A Mamãe Stein não era politizada. Aliás, não fazia a menor idéia de como era a organização social e política do Brasil. Também não tinha o menor interesse no que compunha as esferas de poder. Mas ela sabia o que precisava ser feito e tinha disposição para fazer.
Duas criaturas de temperamento oposto habitavam a casa de Helen. Um pai simplista e uma mãe simplória.
- Não tem nem AAS no posto, não tem cabimento uma coisa dessas!
- Não tem gaze pra fazer curativo, não tem cabimento uma coisa dessas!
- Não tem receituário timbrado, estão usando xerox, não tem cabimento uma coisa dessas!
Coisas que meu pai repondia , entre distraído e desdenhado: Vá reclamar para o seu Chefe.
O Chefe da minha mãe era o Governador, ela era funcionária pública estadual.
Veja bem. Minha mãe encasquetou que falaria com o Governador. Você se lembra do Governador. Era o Governador galã de décadas atrás. As moças da idade da minha mãe se derretiam ao ouvir falar do Governador.
Fez plantão no Palácio dos Bandeirantes. Uma vez, duas. Não deu.
Mudou de tática, foi falar com a Primeira Dama.
- Oi, sou a Mamãe Stein, preciso MUITO falar com seu marido, o Governador.
A Primeira Dama, dama de verdade que era, deu a dica de uma inauguração num bairro da periferia: vai que lá você consegue falar com ele!
Quando a notícia chegou em casa, Abuelita disparou: vou também e se fechou em Copas. Não tente fazer Abuelita mudar de idéia. Ela foi. Helen também.
No meio do povo, naquele alvoroço que é a inauguração de qualquer baldinho de lixo público, o Governador olha pra alguém na multidão e diz:
- Abuelita! Você aqui! Sumiu mulher!
O Governador conhecia a Abuelita. Mamãe Stein de queixo caído. Helen achando que ele era alto, alto demais. Conversaram entre eles, muito mesmo, coisas que não me interessavam na época. Mas que me fascinariam depois. Como a organização social e política do Brasil.
Anos mais tarde, rindo do reencontro improvável, Mamãe Stein ensinou: você não é melhor do que os outros. Mas também não é pior do que ninguém. Não precisa ter vergonha de dizer o que você acha certo.
E eu acreditei.


A história das aventuras políticas de Abuelita fica pra outro dia.



Para o Fê, com devoção "Oh, can't you see I'm not fooling

Para o , com devoção

"Oh, can't you see I'm not fooling nobody
Don't you see the tears are falling down my face
Since you went awaaaaaay
Break my heart!!! you slipped away!!!
Didn't know I was wrong
Never meant to hurt you now you're gooooone ohohohooh"
Debie Gibson - Foolish Beat


Porque não é todo dia que a gente se lembra que já teve quinze anos.


Por que não eu? Já li em outros 6523423 blogs, todo mundo

Por que não eu?

Já li em outros 6523423 blogs, todo mundo fazendo faxina. Claro que eu também fiz faxina. Ou tentei fazer. Ou comecei há uma semana. Mas tem um porém: eu sou péssima de faxina. Simplesmente porque não consigo jogar coisas fora. E acaba caindo tudo naquela grande mentira chamada "Coleção". Porque ninguém precisa colecionar revistas semanais, né? Eu vou protelando e na hora de jogar fora tem 300 exemplares. Mas isso eu joguei. Com vergonha do que o lixeiro ia pensar, mas joguei. O pior são as outras revistas. E eu sou meio fanática por revistas. Mas não dá pra ficar guardando Marie Claire só porque tem aquela matéria ótima sobre o Tahiti. Ou aquela Mundo Estranho que explica tudo sobre as Cruzadas. Em algum momento você precisa se despedir dessas coisas, acreditando que reteve alguma coisa na memória. Mas é difícil.

Coleção de revista SET. "Os filmes que vão bombar em 2005". Fala sério, onde é que isso vai me levar?


Asa morena Acontece muito de associar músicas e situações. O

Asa morena

Acontece muito de associar músicas e situações. O tempo todo, na verdade. Como no bom Alta Fidelidade, eu me expresso através da poesia dos outros. Mas também pode acontecer o contrário. Música ruim, mas muito, muito ruim, também pode render memórias. Não que a música em si seja ruim - poucas vezes é - mas a interpretação. E aí existe todo um universo de possibilidades, considerando os chamados "restaurantes com música ao vivo". É. Não estamos falando do Fasano aqui, mas daqueles restaurantes lotados em que a gente acaba se enfiando aos domingos, quando já não é solteiro. Eu exemplificaria por horas. Mas vou sintetizar no cara do domingo passado. Ele, o violão e uma platéia toda concentrada na picanha com alho. Ele fez misérias, meu amigos. A Asa Morena foi pouco. Não aliviava a dor. E então ele atacou com a santíssima trindade de Zé Ramalho. E flutuava entre o próprio tom (pequeninho) de voz e o do Zé. Às vezes tinha uma participação fantasmagórica da Elba. E então já virou lembrança. O almoço em que "uma força me leva a caaaantaaaar, por isso essa COISA estranha no ar... por isso essa voz, essa voz, essa voz, essa voz, ESTRANHAAAAA..."


Tuesday, October 11, 2011

Assídua Como está fácil de perceber, hoje estou plantada em

Assídua

Como está fácil de perceber, hoje estou plantada em frente ao computador. Ou dos computadores, já que estou aqui, ali e acolá. Mas estou online, é fato. Assim como já devo ter mencionado o curso de inglês à distância que estou fazendo. Mucho legal, super delícia, estou adorando, só que estava tudo atrasado, já que as últimas semanas (e tudo leva a crer que as próximas também) tem sido uma zona completa.

Como não adianta chorar pela tapioca derrubada, aproveitei a oportunidade pra fazer umas aulas de conversação. E tenho que dizer, as aulas de conversação são o máximo! Imaginem, eu e mais quatro ou cinco chineses conversando em inglês com um professor que pode ser tanto dos EUA quanto da Austrália?! Estou brincando mas, acreditem, é bem bacana mesmo.

E então hoje de manhã tinha um francês na aula. Normal, já que tem gente do mundo todo (principalmente da Ásia e do Brasil). Mas o french guy conseguiu se superar. Na pequena apresentação de praxe no início da aula ele veio com essa: Olá, sou o Jean Pierre (not really). Eu vivo em Paris, mas nasci em Marcelha. Sou engenheiro químico. Adoro esportes, principalmente pular de pára-quedas, fazer escaladas e esquiar. Também pratico triathlon nos finais de semana.
Não preciso dizer o que aconteceu depois disso, certo?
Uma sucessão de super-heróis se apresentaram. Oi, sou piloto de caça. Eu sou engenheiro naval. Meus interesses se dividem entre salvar as baleias e os bebês foca.

O que eu disse?
Que estava desempregada, lógico.
Na internet não dá pra competir...



B-Day com Fuso!!!! Ela é chique até quando o assunto é

B-Day com Fuso!!!!

Ela é chique até quando o assunto é completar mais uma Primavera. Sim, diretamente da Oceania, ontem foi aniversário da AustraliANA!

Minha queridona deve estar numa correria insana hoje e provavelmente não vai ver esse post, mas fica a beijoka, mesmo assim :)

Ela tá voltando, people!


Monday, October 10, 2011

Thata em férias Vocês estão viajando com a Thata? Eu estou e

Thata em férias

Vocês estão viajando com a Thata? Eu estou e está delícia.

É da sua conta E aí, vamos deixar alguém decidir o que devemos

É da sua conta

E aí, vamos deixar alguém decidir o que devemos ou não assistir em nossos canais por assinatura? Está tramitando o Projeto de Lei 29/2007. Nele fica previsto que pelo menos 50% do conteúdo das operadoras de tv a cabo seja nacional. De onde os Ilustríssimos tiram esse tipo de idéia estapafúrdia, eu não tenho certeza. O que desconfio fortemente é que esteja atrelado ao velho hábito de tirar o deles por fora. E que amizades univitelinas entre donos de Emissoras e Políticos estejam influenciando essa magnífica tentiva de censura disfarçada. Que na minha opinião só pode ser chamada de censura porque efetivamente CORTA determinados conteúdos. Mas sem intenção repressiva ou algo assim. É para obtenção de benefícios finaceiros, pura e simplesmente. Uma grande parte minha gostaria de acreditar que em algum lugar, alguém com Poder esteja muito empenhado em divulgar as cores do Garantido e do Caprichoso. Mas meu joanete intelectual, treinado ao longo dos anos, começa a doer, garantindo que tal fomentação direcionada a cultura regional é só uma questão de grana no bolso mesmo. Muita grana.

horário nobre : a festa da mandioca

Entretanto, estão mexendo num lugar muito perigoso, fiquem sabendo, Ilustríssimos Senhores. Vocês mexem nas nossas carteiras, contas correntes, tiram direto da fonte e a gente acaba dando de ombros, com preguicinha e pensa, ah, tudo bem. Quem sou eu pra reclamar. Mas tem uma coisa, heim. NO MEU CONTROLE REMOTO MANDO EU!!!
Nem tente, Ilustríssimo, nem tente!

A comédia toda você lê aqui.

E os canais internacionais teriam que dedicar 10% de seu conteúdo ao tal conteúdo de interesse nacional. Visualize a Warner transmitindo produções como as da Tv Senado. Tá bom pra você?


Prometeu, tem que cumprir Bom final de semana!

Prometeu, tem que cumprir


Bom final de semana!


Sunday, October 9, 2011

Rainhas Sonja, da Noruega Elisabeth , da Inglaterra Sofia,

Rainhas

Sonja, da Noruega


Elisabeth , da Inglaterra


Sofia, da Espanha


Sílvia, da Suécia


Paola, da Bélgica


Margaritta, da Dinamarca

Agora sejamos sinceros:

Lady Di

Pensa nessa mulher com uma coroa na cabeça. E com Poder nas mãos. Pensa.



Uau! Insônia. Daquelas profissionais. Num lapso de tempo,

Uau!

Insônia. Daquelas profissionais. Num lapso de tempo, desses que soprepõe um universo ao outro, Jason Bourne disse uma mensagem secreta ao meu ouvido.
E eu só acordei agora.


Eu nem pago pau pra Matt Damon, mas a mensagem minha gente, não tinha como não obedecer.


*Eleições 2008* É melhor uma porcaria eleita do que uma

Eleições 2008
É melhor uma porcaria eleita do que uma porcaria imposta?
Quase como decidir se a gente quer um veneno lento ou rápido.
Minha zona eleitoral estava imunda. No sentido figurado e literal. Candidatos espalhados em milhares de panfletos pelo chão. E ao vivo e a cores, pelos corredores. Entupindo sargetas e atrapalhando o caminho. As usual.
Democracia uma ova. Os mesários não sabiam encontrar os comprovantes. O N vem antes ou depois do M? Juro. Quando nós batemos no peito e nos orgulhamos de nossas eleições diretas, estamos declarando o quê, exatamente? A glória de ter uma orda de analfabetos funcionais votando obrigatoriamente? Ou o prestígio de ostentar os outros analfabetos - esses em questões maiores, como políticas públicas e administração em massa - como candidatos?
Eu não preciso e nem exijo candidato diplomado. Mas preparado. Consciente. Não mais um no contra-cheque. É, eu acredito em duendes.
Tô azeda, tô amarga, porque é a primeira vez que isso acontece: anulei meu voto pra vereador. Não tinha ninguém. Ninguém.
Lamentável.

A população formando filas. Educadinhos, obedientes, com o título em mãos. Roupinhas de domingo, banho recém tomado. E os candidatos e suas barrigas de cerveja e churrasco gordo observam a tudo de longe, ouvindo o tilintar das moedas. Sentindo o cheiro do dinheiro por vir. De novo.
Nojo. Eu estou com nojo.

Friday, October 7, 2011

If I could stay Then the night would give you up ...

If I could stay
Then the night would give you up
Stay. And the day would keep its trust
Stay. And the night would be enough

Quando a criança era criança,
andava balançando os braços.
Desejava que o riacho fosse rio,
que o rio fosse torrente
e essa poça, o mar.
Quando a criança era criança,
não sabia que era criança.
Tudo era cheio de vida
e a vida era uma só.
Quando a criança era criança
não tinha opinião.
Não tinha hábitos,
não sentava de pernas cruzadas,
saía correndo.
Tinha um redemoinho no cabelo
e não fazia pose em fotografias.
Wings of Desire, 1987.

Pode me chamar de guinorante, mas eu fico tão dispersiva com o violino triste - como se existisse violino alegre - no começo do filme. E também acho um puta recurso quando o Win Wenders dá voz ao pensamento das pessoas, todas ao mesmo tempo, e a gente leva um instante pra perceber que aquele zumzum é individual. Mas depois eu canso. Muito. Lá pelos vinte minutos não aguento mais ouvir todo mundo pensando ao mesmo tempo. Já quando os anjos enxergam colorido, cara, demais mesmo.
Mas então, em 1998, veio Cidade dos Anjos. E o Nicolas Cage dando 'o grande salto' pra ficar com a Meg Ryan. E ela morrendo atropelada. Tudo ao som do Goo Goo Dolls. E tudo ficou tão raso que transbordou. Mas daí eu entendi. E eu fico assim, pensando aqui (ao som do meu próprio zumzumzum): será que um dia a Meg Ryan vai encontrar o amor de sua vida? Será que existe felicidade possível para ela e Carrie Bradshaw? Conexão Los Angeles - Berlim - New York - ali na esquina.
Final feliz é uma coisa muito definitiva, não é? Pra começar se chama 'Final'.
Por isso que não dá certo. Não dá margem.

E desculpem meu raciocínio de DJ bêbado, mas é que estou fazendo tudo ao mesmo tempo hoje, como se isso fosse possível.



A fila às vezes não anda Pelo menos não a do banco. Longos

A fila às vezes não anda

Pelo menos não a do banco. Longos minutos que parecem horas. Uma eternidade de curiosidade. Todo mundo olha pra todo mundo, mas tudo com o canto do olho. Um casal teen se filma com os celulares. Agora até os momentos de espera são multimída, vejam só.
Mulheres são cruéis. Eu sei, eu também sou. Um traço mal feito de delineador e eu já tenho um sorriso escondido. Mas provavelmente alguém ri do meu vestido de bolas também. Eu não me importo, nasci pra entreter vocês. Uma moça arruma obsessivamente o cabelo de uma senhora que eu imagino ser sua mãe. Eu confiro cinco, seis vezes, o que já tinha conferido antes de sair. E daí, estou presa aqui, não tenho nada melhor pra fazer. Então observo a selva humana. E percebo que o tempo talvez tenha me deixado crítica demais, seletiva demais. Vamos ver, hipoteticamente, mundo acabou e só restamos eu e um desses caras dessa fila. A espécie humana desaparecerá, sinto informar. De jeito nenhum, nem pra salvar o planeta. Vamos orar, irmãozinho. Mas a fila não anda. Por que esse mal humor organizacional nos atendentes? Todo mundo com os cabelos tão penteados. Muitos óculos, nenhum sorriso do lado de lá do balcão. Enquanto isso os alinhados são só alegria. Vamos seguir o caminho traçado, por favor. Sim, seu guarda. Eu jamais me perderia num matadouro, eu sei andar atrás das outras vaquinhas. Não gosto, mas ando quando é preciso. Por que você olha tanto para mim, moça de rabo-de-cavalo? Começo a acertar meu batom borrado imaginário. Depois da terceira vez eu já espero que você ouça meu desejo silencioso de vá se catar. Minha nuca pesa e eu sei que é porque esse senhor atrás de mim olha pra ela. Meu ato de vingança é secar a nuca dessa senhora a minha frente. Vamos lá, um pouco mais e, isso!, ela se contorce. Não falha nunca. Ei, mas aonde a senhora vai... ah, sim, sou a próxima. Não é que nem demorou?



Quando eu crescer... Eu quero ser a Demi Moore. Menos a parte

Quando eu crescer...


Eu quero ser a Demi Moore. Menos a parte de comer comida crua. E o Kelso. Que não deixa de ser a mesma coisa.

Amarga I - A Cabrera A assistente da dermatologista entra

Amarga I - A Cabrera

A assistente da dermatologista entra primeiro na sala, pra preparar a pele da cliente. Claro, porque deus livre a dermatologista de ver uma pele de cliente com aparência mundana.

- Hum... que carinha é essa? Homem não gosta dessa sombrancelhinha flexionada, fica com cara de mulher brava! Pede pra doutora que ela dá um jeito NISSO AÍ em cinco minutinhos.

É. A dona assistente tava querendo que eu tomasse injeção na testa. Botox, vocês sabem. Porque homem não gosta demulher com cara de brava.

Mas eu sou brava. Eu nasci brava e , olha que coisa, eu demonstro a minha brabeza toda com a minha sombrancelhinha flexionada. Mas e agora que eu DESCOBRI que os homens não gostam disso? Oh, preciso refletir. Enquanto isso, vou fazer a minha parte nas exigências dessa negociação insana chamada relacionamentos: eu, mulher, não gosto de cuecas bege. Que a indústria tome as providências cabíveis, por favor.


*RENATAAAAAA* *BAUNILHAAAAAAAA* *PANTUFAAAAAAAAAAAAAAAA* Como

RENATAAAAAA

BAUNILHAAAAAAAA

PANTUFAAAAAAAAAAAAAAAA





Como assim, foi aniversário da minha honey sugar babe e eu não sabia?



Desculpe, querida!



Mil perdões, eu não sabia mesmo...



Mas desejo MUITA (TODA) felicidade pra você. Pra que ela sirva de combustível pra esse sorriso lindo, essa pessoa doce que você é.



Te adouro :)



beiju!





***desculpe a falta de ilustração, não sou ninguém sem um mouse...***
e mais: tá na hora de rolar um super calendário de B-days, gente! Alguém mais organizado do que eu poderia providenciar isso, por favor?...

Eu poderia estar matando, poderia estar roubando Um dos

Eu poderia estar matando, poderia estar roubando


Um dos privilégios de trabalhar em casa é poder deixar a tv ligada.
Um dos pesadelos de trabalhar em casa é quando alguém, que não você, deixa a tv ligada.
Um programa de tv discorria exaustivamente sobre o leite derramado. A menina, o homicida, a amiga, a polícia. Até que uma matéria me chamou a atenção - dos ouvidos: Você conhece Santo André? Vamos saber como era esse ambiente em que esses jovens moravam e que a tragédia aconteceu...

Péra. Agora você me pegou, programa banal. Eu também quero ouvir o que vocês "descobriram" sobre O Ambiente Santo André.

Amontoado de clichês: região do ABC; canteiro industrial; periferia; carência social, whiskas sachê.

Da minha parte, também tenho umas coisas a dizer. Eu não nasci em Santo André, mas na vizinha São Paulo. Porém, foi em Santo André que eu frequentei a escola, do Fundamental até o Ensino Médio. Era lá que eu ia ao ballet e à ginástica. Ia ao cinema. Ia ao Mappin e ao Jumbo Eletro. Foi lá que fui ao meu primeiro baile, escondida de papai. Também foi lá que desfilei pela primeira e única vez no carnaval (vestida de grega, já contei aqui).

Eu frequentei Santo André, eu cresci em Santo André.
Dei meu primeiro beijo em Santo André.
Dei oúltimo beijo em mamãe em Santo André.

E no entanto, cá estou, trabalhando nesse mesmo micro de onde posto agora, no interior paulista; há quase vinte anos. Com casa, cachorros, gato. Contas pra pagar. Igual a qualquer outra pessoa que optou por sobreviver pelo modo tradicional: ralando.
Ganhando, perdendo. Normal.

Mas, não. Segundo a teoria determinista da equipe de tv, eu poderia estar matando. Eu poderia estar roubando, porque o destino assim quis. Porque me fez nascer numa família pobre e sem perspectivas. Na periferia, na margem da sociedade. Carente de tudo, inclusive de limites e de senso de responsabilidade.

Eu poderia estar culpando Deus e o Mundo, por tudo que me aconteceu. E pelo que não me aconteceu. Poderia "entrar numa crise emocional" e partir para a justiça a base de pólvora.
Eu poderia porque a sociedade em que fui inserida assim determinou.

Mas no lugar disso, eu só fico aqui. Abismada com o sensacionalismo simplista, que na falta do que dizer, apela para a psicologia de padaria.



Thursday, October 6, 2011

Já sei Foram os Duendes. Ou Gnomos. Ou Leprechauns. Lembram

Já sei

Foram os Duendes. Ou Gnomos. Ou Leprechauns. Lembram que eu instaurei o Período Eu Acredito em Duendes há algumas semanas atrás e disse que estava esperando por coisas boas, supreendentes (do tipo bom) e bliblibli? Então, colhendo os frutos. Considero muito a teoria da cortesia. Vou perguntar pra Denise, mas é que estou meio sem jeito, como se fosse deselegante não entender o gesto. Pois é, mas eu não entendi. Mas o lado do Admirador Secreto é muito mais coisa de duende e romântico e tals e por isso vocês simpatizaram com a hipótese, né? Só tem um porém: MEDO. Alguém que sabe meu endereço passa da categoria de admirador pra Stalker. Credo! souparanoica@esqueciocoraçãoemcasa.com.br

FIM DO MISTÉRIO: Foi presente de uma amiga muito, muito fofa. E bem humorada, como vocês podem perceber :)

UPdate: Internet micada. Mil coisas na rua. Mas é

UPdate:

Internet micada.

Mil coisas na rua.

Mas é basicamente esse o recado:

FUI!

Volto com fatos e fotos, mas só na OUTRA semana!

Juízo (mas não muito) e
beijokas!

ATUALIZAÇÃO Ficção? huhum. Além de tudo temos que levar

ATUALIZAÇÃO

Ficção?
huhum. Além de tudo temos que levar atestado de ignorância. COMO FOI que não percebemos? Não sei o que é pior, o que foi escrito antes ou esse band aid ridículo que tentam colocar agora.

Sobre o que o Zé Luis comentou, de acontecer muito por aí. Concordo. Acontece mesmo e a gente sabe disso. A diferença é a arrogância da pessoa em utilizar a historinha sórdida como mote pra coluna, como "escrita provocativa". Eat my shorts!, como diria Bart Simpson. O cara pensa que é Bukowisk? Falta muito feijão aí, filho.

Usar sexo como subterfúgio para texto ruim é um clichê. Ou o subterfúgio dentro do subterfúgio. Mas a linha entre o texto provocador que leva à reflexão - e com isso tem sua importância - para aquele simplesmente vulgar é muito nítida. Enquanto a ousadia literária tenta quebrar tabus, falando sobre temas mergulhados na hipocrisia humana (como a origem do desejo, as chamadas perversões, fetiches e afins) a vulgaridade se contenta em nadar na pocinha de cuspe da tara óbvia. Chamar um episódio de submissão de "Casa Grande e Senzala" não é só pretensão. Mostra também o completo desconhecimento da obra.

E, ei!, eu não estou triste, não... Amarga? hum, talvez... Com um agravante: uma crise de enxaqueca que começou na quarta passada e só hoje sinaliza que pode estar indo embora. E, de mais a mais, eu estou longe de ser Poliana, né, amigos. Acho até que, no dia em que a felicidade me cegar completamente, tchau blog... rsrsrsrsrs




Wednesday, October 5, 2011

Modernidades Ergueu a blusa. - E aí, o que você acha? - hum...

Modernidades

Ergueu a blusa.
- E aí, o que você acha?
- hum... ah, tá legal.
- Quero saber se parece de verdade.
- Sei lá se parece de verdade! Parece. Quer dizer, não sei. Eu nunca vi de verdade desse tamanho.
- Pega!
- Pra quê? Eu não!
- Por favor, pra saber se dá pra perceber.
- (...)

Por que as mulheres que colocam silicone querem que a gente aperte o peito delas? Heim, por quê?

Tão constrangedora, essa situação. Concorda que é uma linha muito fina que separa seu comentário e o fim da amizade? Cada situação em que a gente se vê atualmente. Minha amiga não admite nessa vida - nem admitira em caso de uma próxima - que colocou silicone pra ficar gostosa. As justificativas vão desde o estrago causado pela gravidez , há 14 anos!, até a liberdade de andar de regada sem sutiã. Agora, diz pra mim, quem quer andar de regata sem sutiã quer ser livre? Qual o problema em admitir que quer ficar vistosa? Hum, vejo um fundo de feminismo torto nisso tudo...

Ela ainda: você vai acabar colocando isso na internet, né?
Imagina.


Guilty Pleasure - Como fui me esquecer dessa?

I love you for free and I'm not your mother!


Pôxa E ninguém me avisa? A realização do sonho de uma vida

Pôxa

E ninguém me avisa? A realização do sonho de uma vida ali, ao meu alcance e ninguém me diz que estavam procurando uma cachorra nova? Digo, gatinha. Agora vou ter que esperar uma vaga no Axé Blonde.

Juro: quando era criança eu queria fazer parte de "As Patotinhas". Pronto, falei.

A novidade Agora eu sou uma pessoa que chora. Deve ser algum

A novidade

Agora eu sou uma pessoa que chora.
Deve ser algum tipo de distúrbio lacrimal, não é possível. Anteontem chorei assistindo um filme chamado Pacto de Morte. Tá? Adolescentes fazendo coisas estúpidas e eu me identificando com uma personagem. Ontem chorei porque a Sky me deixou esperando como besta no atendimento automático. E se você me perguntar, eu digo: não existe mais consideração no mundo. Antes as empresas fingiam que a gente tinha alguma importância, hoje, nem isso. E quando até as pessoas que estão interessadas no seu dinheiro param de fingir que te adoram, meu bem, segura, que o resto é pedreira.

Cena de novela: comprei duas dúzias de gérberas pro reveillon. E é aquela coisa, cortar os cabinhos todos os dias pra durar mais. Eu estava na pia, tesoura na mão. Cortava um, enxugava uma lágrima, cortava outro, limpava o nariz. Depois de meia dúzia eu desisti e botei tudo de novo no vaso. Não tinha nada a ver com as gérberas isso. É desilusão pura e simples. E ampla, pra falar a verdade.


Tuesday, October 4, 2011

Inveja do pênis Não, não estou simplesmente ressentida com

Inveja do pênis

Não, não estou simplesmente ressentida com Mamãe porque ela não me deu um orgão sexual externo. E com isso um cérebro maior e mais pesado, capaz de me assegurar melhor remuneração financeira e respeito diante de uma sociedade afogada em convencionices. Não, mammy. O que me deixa louca, o que me descontrola, emputece mesmo, é o fato de conviver com quantidades instáveis do tal estrógeno fazendo e acontecendo em minha corrente sangüinea.


Não é TPM, é endometriose.
Que Freud me perdoe, mas eu trocaria sem pestanejar um pinto, qualquer um, por uma dose cavalar de Buscopam com um painkiller qualquer.


Monday, October 3, 2011

Respostas Contemplação? Paz interior? Meditação t...

Respostas

Contemplação?
Paz interior?
Meditação transcendental?
O domínio do espírito sobre a matéria?
Zen budismo?
Unagi?

Não, gente.
Preguiça braba.

Sofá Esse blog vê televisão demais. Assim como eu.

Sofá

Esse blog vê televisão demais.
Assim como eu.


Oh, a natureza... Vejam que coisa mais fofa a borboleta que

Oh, a natureza...




Vejam que coisa mais fofa a borboleta que estava na janela da minha cozinha. E antes que digam "Helen, limpe essa janela!", me defendo dizendo que se eu fosse fazer coisas como limpar a janela, quem é que ia ter tempo de tirar fotos de borboletas exóticas e colocar no blog, não é?


*Tentaram me mandar para a reabilitação, * *mas eu disse não,

Tentaram me mandar para a reabilitação,
mas eu disse não, não, não...





Obrigada pela preocupação e pelas mensagens carinhosas. Tudo tão corrido que nem deu pra falar com calma aqui. Às vezes nem tem o que dizer, né?
Mas, de qualquer maneira, está tudo encaminhado. Marido com procedimento quebra-pedras (rim) marcado para amanhã pela manhã.
Assim que possível eu dou notícias.
beijo!
A foto foi feita um dia antes dele começar a ter cólicas. Se fosse feita hoje, por exemplo, poderia acrescentar uns círculos de panda em volta dos olhos. Rehab já!


Promise to try Eu disse que faria um ato concreto para mudar

Promise to try

Eu disse que faria um ato concreto para mudar meu estado de ânimo. Fiz dois:
mudei as cores do template do blog e
pintei as unhas dos pés de pink.

:)

Sunday, October 2, 2011

O gato comeu. Ou vice-versa. Até ontem eu tinha um gato.

O gato comeu.
Ou vice-versa.




Até ontem eu tinha um gato.

Take a Bow Is it wrong to want to live on your own? No, it's

Take a Bow

Is it wrong to want to live on your own?
No, it's not wrong - but I must know
How can someone so young
Sing words so sad?
Sheila take a, Sheila take a bow
Boot the grime of this world in the crotch, dear
And don't go home tonight
Come out and find the one that you love and who loves you
The one that you love and who loves you
Is it wrong not to always be glad?
No, it's not wrong - but I must add
How can someone so young
Sing words so sad?
Sheila take a, Sheila take a bow
Boot the grime of this world in the crotch, dear
And don't go home tonight
Come out and find the one that you love and who loves you
The one that you love and who loves you
Take my hand and off we stride
You're a girl and I'm a boy
Take my hand and off we stride
I'm a girl and you're a boy
Sheila take a, Sheila take a bow
Throw your homework onto the fire
Come out and find the one that you love
Come out and find the one you love

The Smiths - Sheila take a bow

Eu também quero jogar meu dever de casa no fogo!!!!!!!!!!



Olha a rena! Esse blog inaugura seu template HOHOHO. Os

Olha a rena!

Esse blog inaugura seu template HOHOHO.

Os leitores mandam, a autora obedece ;)


Saturday, October 1, 2011

Caindo no Real A gente pode ter uma breve noção do que está

Caindo no Real


A gente pode ter uma breve noção do que está acontecendo com a economia quando recebe como pagamento um cheque pré-datado de R$35,00 - trinta e cinco Reais - para 30 dias.



E na data prevista ELE NÃO TEM FUNDOS.