Tuesday, August 9, 2011

Boa noite, Cinderela Feliz é aquele que sonha, porque é sinal

Boa noite, Cinderela

Feliz é aquele que sonha, porque é sinal de que estava dormindo.

Então, gente, finalmente eu dormi. E dormi a ponto de sonhar. Sonhar um monte, que é coisa que não acontecia faz um tempo. Alguns pesadelos, que são o meu forte, mas me deram uma puta alegria, porque é sinal de que eu me dediquei mesmo à tarefa, que era deixar esse pobre corpo descansar. Se bem que eu corri bastante nos sonhos/pesadelos. E fui abandonada em um deles. E encontrei salas vazias em outro. Enfim.

Sonhei com o Daniel Day-Lewis. Ele vinha pra me resgatar, me salvar de um Leão. E eu o via pelas frestas da casa onde eu estava. E via também o Leão, que era três vezes maior do que o Daniel. O detalhe é que eu não ligo a mínima pro Daniel. Nunca quis fazer. Vai ver que sonhei com ele só porque acabou de ganhar um Oscar. E pra me salvar tinha que ser alguém assim, oscarizado. E ele não tinha o bigode, que só ia piorar as coisas, vocês hão de concordar. Talvez, no fundo, eu estivesse torcendo pro Leão pegar ele primeiro. Não sei, sonhos são confusos.

No outro eu era invisível. O que no fundo é um sonho que muitas vezes a gente quer realizar, ficar invisível e saber de tudo, principalmente o que sentem a nosso respeito. E daí que o pesadelo começou, porque ninguém sentia nada. Imaginem minha decepção, finalmente atravessar paredes e ouvir conversas a respeito de números de telefone e móveis que ainda não chegaram. Nada. Nem uma emoçãozinha, só negócios. Eu atravessava salas e salas e nada. Todo mundo no automático, débitos e créditos. Ninguém me viu chorar, o que foi a única vantagem de ser invisível.

Teve uma pessoa com uma serra elétrica.

Uma máquina niveladora.

Um compromisso desmarcado que me fez descer escadas correndo, jurando nunca mais voltar.

Teve a Amy Winehouse em algum momento.

É, eu dormi.



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