Sunday, November 4, 2012

Mostra tua cara Estava ouvindo uma daquelas intermináveis

Mostra tua cara

Estava ouvindo uma daquelas intermináveis conversas do tipo "no meu tempo é que era bom". E então, como sempre acontece, quando minha atenção se desviou do interlocutor para a lâmpada incandescente, uma coisa me ocorreu.

Na década de 50 eram os rebeldes. Como se fosse fácil se rebelar sobre uma lambreta, mas vá lá, os caras usavam aqueles topetes, o que não deixa de ser uma tremenda rebeldia. Aposto que nossas mães - ou avós - adoravam.

Anos 60. Essa minha opinião foi formada muito pela música produzida nessa época. E certamente por excesso de influência dos meus pais, mas sempre me refiro a eles como os últimos românticos. Pode ser que eu esteja completamente enganada, mas depois deles, eu não conheço quem vá à bailes para realmente DANÇAR. Eles foram os últimos. Namorar no portão, essas coisas.

Ser jovem nos anos 70 todo mundo sabe o que significou. Sexo & drogas. O ritmo variava entre Rock ou Disco, mas deu no que deu. Deu em mim. E na maior parte de vocês que hoje tem trinta e alguns.

E depois?

A geração Anos 80 pode ser denominada como a Geração das Roupas Horríveis? Há quem chame de Década Perdida e é meio difícil de discordar...

Anos 90.
?
?
?

2000.
???

Claro que alguém vai dizer que é muito melhor assim. Que todo o resto era rótulo e ninguém quer se sentir rotulado.

Hum. Não sei.

Pessoalmente, olhando ao meu redor, penso que além do rótulo está faltando alguma coisa menos superficial. Que vai além de um nome para a massa. Um denominador comum para os nossos tempos - globalizados ou não.

Eu sinto falta de identidade. Porque o mundo nunca esteve tão cheio. E nunca tanta gente se sentiu tão só.



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