Thursday, December 9, 2010

Too many people Essa semana nasce mais um sobrinho meu. Perdi

Too many people

Essa semana nasce mais um sobrinho meu. Perdi a conta, esse deve ser o décimo.
Mentira, é o sexto. Fora os agregados, que são os meio-irmãos dos sobrinhos. Aí sim, passa da dezena e passa bem. É o retrato do novo modelo familiar, os meus, os seus e os nossos. Para os pais, aparentemente, não tem muito problema se não existem cadeiras sufientes para todos no Natal. Mas para nós, tias e madrinhas, está ficando complicado administrar o que Malthus teorizou tão bem: a explosão populacional.
Meu sobrinho mais velho (o menino mais velho), do alto de seus seis anos recém-completos sintetizou brilhantemente o que eu sinto, mas sou impedida de expressar. Vocês sabem, não pega bem, socialmente falando, a gente mandar a mãe das crianças manter as pernas fechadas. Não é fino. E eu sou phiina. Ou finjo ser, pro meu próprio bem.
Mas então, o sobrinho, sentindo o peso de seis meio-irmãos e agora esse novo irmão inteirinho, quando questionado sobre se iria ou não ajudar a mamãe com o novo bebê, disparou:
- Ela que se vire! (sic). Quem mandou ficar criando um monte de filhos!

Eu queria que isso fosse só engraçado, mas é triste, tão triste...


Quando minha primeira sobrinha nasceu (hoje ela tem 8 anos e usa minhas botas), era uma farra. A casa dela virou um playground, porque nós, os tios babões, enchíamos a menina com todo tipo de tranqueira colorida e barulhenta disponível. Balanços, cabanas, piscininhas. Pouco depois nasceu meu sobrinho. A mesma coisa, carrinhos com cavalinhos, bichinhos de zoológico, fotos dele peladinho tomando banho na banheira. Com um plus: esse foi meu bebê. Por razões que a razão desconhece, a mãe dele, que está para ter o terceiro filho, não foi capaz de segurar a barra desse bebê. E ele foi meu baby até os três anos. Sim, eu já brinquei de mamãe. E me saí muito bem, sem falsa modéstia. Depois, a vida seguiu seu curso natural e hoje ele está lá, com seus quase sete irmãos. E para mim, no papel de tia de atacado, o mimo ficou impraticável. Culpa do Governo, meus queridos, culpa do Governo.





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