Friday, March 2, 2012

Crisis Eu nem tive crise dos 30, acho que já falei sobre

Crisis



Eu nem tive crise dos 30, acho que já falei sobre isso aqui. E também de como eu adoro ser balzaca e tal. Mas não podia deixar por isso mesmo. Tinha que ir lá e escarafunchar um motivo pra emburrar. E quem procura, acha. Motivos, não tesouros. Nesse ritmo normal de vida que segue, eis que um dia me deparo com a novidade: aparelho. Ok, disse eu, com aquela confiança que só os ególatras possuem. Nem liguei. Mas agora, com a proximidade da coisa toda - amanhã! amanhã! - tudo começa a mudar de figura. E dizem que dói. E eu SEI que é feio. E que vou ficar bicuda por uns tempos. Mas a razão grita que não tem jeito, que é isso ou maxilar torto, o que é que a madame prefere? Um pequeno sacrifício, lógico. Por um período razoavelmente curto de tempo. Suportável. Ai, que receio. Que sensação estranha de caminhar para o matadouro por livre e expontânea vontade. Como pode, uma coisa tão banal (e, por que não dizer, superficial) fazer com que uma pessoa se sinta tão vulnerável? Sei que isso - a sensação - vai passar e que existem coisas muito mais complicadas a que as pessoas precisam se submeter, mas não dá pra dizer que é um passeio no jardim. Não é mesmo.


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