Monday, March 5, 2012

Dizendo o indizível A essa altura do campeonato todo mundo que

Dizendo o indizível

A essa altura do campeonato todo mundo que já passou por aqui uma ou duas vezes já sabe que palavras são, com toda certeza, uma das coisas de que mais gosto no mundo. Palavras cheias, palavras vazias(*oco*), sua fonética e seus infinitos significados. Eu adoro palavras e o modo como elas adquirem e perdem importância de acordo com a maneira como são expressas. Ou mesmo a força que têm quando implícitas. E tão fascinante pra mim quanto as palavras, são os símbolos. Carregados de significantes, histórias inteiras contadas num pequeno e intrínseco desenho. Pra ilustrar o palavrório, escolhi uma representação do deus hindu Ganesha, que aqui aparece como mera figura ilustrativa, pra demonstrar quantas idéias cabem numa imagem. Que alguém sabiamente já disse, vale por mil palavras...


A cabeça de elefante: deve-se pensar muito.
Orelhas grandes: ouvir mais.
Olhos pequenos: concentração.
Boca pequena: falar menos.
Uma única presa: ficar com o que é bom, dispensar o ruim.
O machado: cortar ligações, apegos.
A corda: manter-se próximo a seu objetivo.
O rato: é o desejo. Colocando-se acima dele, obtém-se o controle.

Uma doutrina inteira resumida numa estilização. E pensar que até hoje eu não entendi o que quer dizer o logo da Nike...

Essa é uma interpretação macarrônica. Não sou budista, tampouco hindu. Só falei do óbvio, me referindo a simbologia. Se alguém quiser acrescentar alguma coisa, sinta-se à vontade.


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