Friday, March 4, 2011

Semana Halloween O Exorcismo de Emily Rose Vocês me

Semana Halloween O Exorcismo de Emily Rose

Vocês me perguntaram algumas vezes ao longo dessa semana se eu não tinha medo de assistir filmes de terror, se eu consigo dormir tranquilamente depois e tudo mais. Então, não tenho medo, não. O que é uma ironia, porque tenho medo de coisas muito mais inocentes. Mas tudo tem uma exceção. E minha exceção em termos de ter medo - e aí sim, MUITO medo - em filmes de terror é que eles sejam a respeito do Diabo. Serial killers, psychos, sangrias em geral não me assustam de verdade. Mas o Diabo, sim. Ou o que ele faz com o desavisado que cruza seu caminho. Sei que não estou nessa sozinha porque já vi muito marmanjo olhar pro lado quando aquele outro exorcismo famoso se desenrolava na tv. Aquele do vômito verde, vocês sabem, um clássico. E O Exorcismo de Emily Rose é marcante. Porque teve a ousadia de juntar dois gêneros - terror e tribunal - e amarrar direitinho a história. O básico: menina católica começa a sofrer ataques do sobrenatural. Mas não um incômodo qualquer, artilharia pesada do Coisa Ruim. E o filme é contado sob a narrativa do julgamento do padre que executa o exorcismo e acaba sendo acusado de assassinato. Quem matou a garota: o padre ou o diabo? Entre o passado e o presente, ele está lá, maciço, o Mal. E se finca na nossa pele no momento em que o padre exorta o espírito maligno a sair do corpo da menina e ele se recusa a obedecer. O Mal urra, guturalmente. Eu duvido que você não se arrepie. E que não agradeça por estar perto de um interruptor. Antes que eu me esqueça: se você tem medo de exorcizar um demônio, prepare-se. Emily foi possuída por seis.

Todas as críticas desfavoráveis que li a respeito de OEER se baseavam na comparação com O Exorcista. Se fosse assim, adeus música após os Beatles e os Stones. Deviam reclamar com o diabo, né. Dizer pra ele que sua abordagem está clichê demais pro nosso mundo cão. Quem não se abala diante da vulnerabilidade da pobre Emily pode se considerar blindado contra a crueza do mundo. Do tipo bem vacinado mesmo.

O filme é inspirado na história real de Anneliese Michel, uma jovem alemã que passou por uma situação como a do filme, nos anos 70.

No comments:

Post a Comment