Eu me divirto muito com a solteirice recém adquirida dela. Daí surgiu esse post casadinho.
Se tivesse que cair no mundo a procura de alguém pra chamar de meu hoje, sinceramente, não sei o que faria. Flertar é uma arte, certo? E eu desaprendi completamente, tipo tirei do sistema mesmo. Isso de ressaltar as coisas boas ia ser meio impraticável. E a necessidade de agradar, de onde é que eu arrumaria disposição? Seria uma situação complicada pra mim. Mas pros outros parece ser bem mais fácil.
Meu sobrinho, por exemplo. Praticamente um homem, já com cinco anos. Claro que já tem uma namorada. E das bem apaixonadas - tive a oportunidade de vê-la com a cabeça apoiada no ombro dele na escolinha(mas não recriminem a menina, ele é gatinho mesmo). Num dia desses em que estava muito frio, ele estava de touca. E a tal touca deixou os olhos dele meio puxadinhos. Quando percebeu isso pelo espelho, ficou todo entusiasmado, porque a namorada dele é descendente de japoneses. No auge da alegria por estar pseudo-oriental ele tirou a touca e o seu mundo caiu.
- Ah e agora? Eu acho que ela ia gostar muito mais de mim se meu olho fosse daquele jeito!
- Que jeito?
- Puxado, que nem o dela.
- Imagina. Ela já te conheceu sem olho puxado, por que ela ia gostar igual ao dela?
- Porque ia ser igual ao dela!
- Mas ela já gosta de você assim, por que ela ia querer que você parecesse com ela?
- Porque ia ser igual ao dela!
E a discussão não foi pra muito longe disso. Quer dizer, foi porque ele foi brincar de pipa. Mas o ponto é que eu acho que um mais um são dois. Assim, de pacote completo. Sabendo que tem as qualidades e, óbvio ululante, os defeitos. E entre esses dois extremos aquelas coisas que a gente não percebe na hora da compra. Que o fato de conviver não faz com que duas pessoas se fundam numa só. Juntas, mas duas, como na música. Gostar achando que dá pra dar uma garibada depois é meio canoa furada, né? Mas meu sobrinho não acha, não. Ele é da vertente que acredita que igual é mais legal. Mas ele ainda tem muito o que aprender.
Ou eu. Vai saber.
Se tivesse que cair no mundo a procura de alguém pra chamar de meu hoje, sinceramente, não sei o que faria. Flertar é uma arte, certo? E eu desaprendi completamente, tipo tirei do sistema mesmo. Isso de ressaltar as coisas boas ia ser meio impraticável. E a necessidade de agradar, de onde é que eu arrumaria disposição? Seria uma situação complicada pra mim. Mas pros outros parece ser bem mais fácil.
Meu sobrinho, por exemplo. Praticamente um homem, já com cinco anos. Claro que já tem uma namorada. E das bem apaixonadas - tive a oportunidade de vê-la com a cabeça apoiada no ombro dele na escolinha(mas não recriminem a menina, ele é gatinho mesmo). Num dia desses em que estava muito frio, ele estava de touca. E a tal touca deixou os olhos dele meio puxadinhos. Quando percebeu isso pelo espelho, ficou todo entusiasmado, porque a namorada dele é descendente de japoneses. No auge da alegria por estar pseudo-oriental ele tirou a touca e o seu mundo caiu.
- Ah e agora? Eu acho que ela ia gostar muito mais de mim se meu olho fosse daquele jeito!
- Que jeito?
- Puxado, que nem o dela.
- Imagina. Ela já te conheceu sem olho puxado, por que ela ia gostar igual ao dela?
- Porque ia ser igual ao dela!
- Mas ela já gosta de você assim, por que ela ia querer que você parecesse com ela?
- Porque ia ser igual ao dela!
E a discussão não foi pra muito longe disso. Quer dizer, foi porque ele foi brincar de pipa. Mas o ponto é que eu acho que um mais um são dois. Assim, de pacote completo. Sabendo que tem as qualidades e, óbvio ululante, os defeitos. E entre esses dois extremos aquelas coisas que a gente não percebe na hora da compra. Que o fato de conviver não faz com que duas pessoas se fundam numa só. Juntas, mas duas, como na música. Gostar achando que dá pra dar uma garibada depois é meio canoa furada, né? Mas meu sobrinho não acha, não. Ele é da vertente que acredita que igual é mais legal. Mas ele ainda tem muito o que aprender.
Ou eu. Vai saber.
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