Monday, June 4, 2012

Uh, baby! "Eu fui convencida por uma jovem equipe que quer

Uh, baby!

"Eu fui convencida por uma jovem equipe que quer mudar a "Playboy" como falar do corpo de uma maneira diferente, em lhe dar alma. Nós temos uma tendência de separar o corpo do espírito, o corpo das emoções. Nós colocamos o prazer à parte. De certa maneira, reivindicar este tipo de corpo nas páginas da revista é um ato militante"

Confesso que quando vi essa capa pela primeira vez, pensei: agora sim, a gente pode finalmente falar sobre o assunto. Percebam, não é uma moça nua agachada num montinho de areia. Mesmo sem a exibição de um mamilo, a gente sabe que a moça desta capa está falando de sexo. Aliás, a capa é sexo puro. Êxtase.

Sinceramente, será que sou ingênua a ponto de acreditar que os sujeitos compram essas revistas procurando emoções estampadas na capa? Não, eu não acredito. Acho e, de um certo modo, até prefiro que seja do jeito que é: você procura por isso? Aqui está, é exatamente o que estou te oferecendo. Um corpo. Apenas R$1,99. Pagou, levou. Desejo saciado; rápido e simples, como todo o resto deveria ser.

Mas o que querem , afinal, as moças da capa? O que leva uma mulher a virar recheio cru de uma revista masculina? Vaidade? Auto-estima nas alturas? Auto-estima subterrânea? Aplauso? Vaia na infância? Eu nunca entendi realmente uma garota do pôster. Todo mundo quer a garota do pôster. E ninguém quer a garota do pôster. Dizem que a maior parte faz o ensaio pelo dinheiro. Que dá uma grana preta. E daí? Vender um dos rins também rende uma grana considerável e eu não vejo ordas de mocinhas ansiosas pra isso. Não entendo mesmo. Quanto mais elas revelam, mais a verdadeira intenção fica oculta. Pelo menos pra mim.


E eu nem vejo uma diferença enorme entre a Playboy e as genéricas. Tudo a mesma coisa. Você sabe o que vão fazer com as fotos, tanto de uma quanto das outras. Vai ver que é isso: paga-se pela musa, pelo teor da inspiração.



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