- Ninguém me dá o que eu quero!
- Exagerada.
- Verdade, ninguém nunca me deu uma coisa que eu quisesse.
- Vai ver que você sempre quer as coisas erradas.
Silêncio constrangedor.
Eu tenho esse hábito feio. De eventualmente falar o que eu penso de verdade. E eu acho isso mesmo, que se uma coisa acontece uma ou duas vezes, normal. Mas quando é um padrão é porque é provocado por nós mesmos. Tem até um ditado sobre essa história de desejos, aquilo de "cuidado com o que você pede". Acredito que por trás de todo ditado popular existe um pouco de Física aplicada. Ação e reação, essencialmente. Não pecisa ser exatamente um ato explícito, concreto. A gente recebe muita coisa relacionada a nossa postura frente aos acontecimentos. Rótulos, inclusive. Acontece muito com quem vira "vítima". E com uma carga oposta pra pessoa "guerreira". O que jogam nas nossas costas depende exclusivamente de como nos enxergam, não do que a gente é.
Eu não sou exatamente o que eu pareço e prefiro assim. Um espaço entre a realidade e eu. Muito valioso, aliás, esse hiato. É aí que eu observo, gerencio. E só deixo passar o que considero mais seguro. Uma ilusão, eu sei. Mas ás vezes eu preciso me iludir.
E eu sou muito diferente dessa pessoa com quem estava conversando. Porque não espero que advinhem aquilo que eu quero. Eu peço. Sutilmente.
Eu não sou exatamente o que eu pareço e prefiro assim. Um espaço entre a realidade e eu. Muito valioso, aliás, esse hiato. É aí que eu observo, gerencio. E só deixo passar o que considero mais seguro. Uma ilusão, eu sei. Mas ás vezes eu preciso me iludir.
E eu sou muito diferente dessa pessoa com quem estava conversando. Porque não espero que advinhem aquilo que eu quero. Eu peço. Sutilmente.
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