Thursday, January 6, 2011

Distimia breve (espero) Segunda-feira totalmente caracterizada

Distimia breve (espero)

Segunda-feira totalmente caracterizada de sefunda-feira. Praticamente um estereótipo de segunda-feira. Eu, que nunca dei muita bola pra isso, hoje digo de boca cheia: não gosto. Meus nhémnhémnhéns se concentram, basicamente, na dor que estou sentindo pelas mordidas que dei nas bochechas e na língua, por causa do aparelho. E pela fome, lógico. Quer testar meu lado insuportável, me deixe com fome. Essa face primal, mulher das cavernas, não se contenta com shakes e purês, por mais nutritivos que estejam. Eu quero mastigar, deglutir, sentir que estou destruindo alguma coisa. E não dá, né. A única coisa que está sendo destruída é minha língua. Mas vamos mudar de assunto, que a coisa só tende a piorar, porque nessa semana ainda tem a Parte II. Muita reclamação ainda vai rolar, paciência, comigo. Me amem na adversidade, por favor. *rs*

Entrei em ritmo de Halloween, desde ontem. A intenção é fazer uma semana temática, assistindo um filme de terror - ou terrir - por dia. O primeiro foi Stigmata. Adoro. Apesar de todas as bobagens de um roteiro descuidado, tem algumas sacadas geniais. Principalmente em alguns diálogos. Como quando o padre cientista - aliás, padre cientista já é uma coisa que está para a realidade assim como motorista está para astronauta - explica porque virou um homem de Deus e como ele encara as tentações mundanas. E como fica muito claro mais tarde, que ele está perdendo a guerra pras tentações. Também gosto do embrólio que se forma no momento em que a Mocinha, atéia, pecadora, Jezabel, se vê atacada por chagas divinas, coisas que ela não apenas não respeita, como desconhece completamente, até aquele momento. Diversão despretensiosa pré-dia-das-bruxas garantida. E tem música da Natalie Imbruglia, mas nem precisava.

E por que insistem em utilizar figurantes que são, claramente, peruanos quando a intenção é retratar o povo brasileiro?

E que Brasil será aquele que, não só não fala Português, mas têm feiras interias de crucifixos e imagens de gesso? Ninguém faz pesquisa antes de aprovar a locação, não? Chega a ser bizarro, garanto que nem em Aparecida do Norte há um comércio tão sortido de imagens religiosas como no filme. E a gente sabe que é mais fácil encontrar Garrafada de Sete Ervas do que rosário mal-assombrado, né.

Se cineasta eu fosse, faria um filme sobre americanos em que todos eles apareceriam usando chapéu de cowboy e comendo hamburguer. E ia filmar lá no Canadá, só pra eles sentirem na pele o que é uma impressão superficial.

Mas você não disse que gosta do filme, Helen? Disse que gosto, ué. Não disse que não era tosco.



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