Thursday, November 4, 2010

2008 Pensei muito numa coisa, enquanto via os fogos pipocando.

2008

Pensei muito numa coisa, enquanto via os fogos pipocando. Tudo bonito e barulhento e empolgante. Se não fosse por apenas um detalhe: meu ano novo já tinha começado. Antes, muito antes. Lá pela metade do que chamaram 2007. Sem cores vibrantes ou pirotecnia.

Meu Ano Novo me rachou ao meio. E ao mesmo tempo juntou todos os meus cacos. E colou e moldou pra depois, sem aviso, me lançar ao chão com toda força. E espatifar, só pelo prazer de me fazer juntar tudo de novo.

E essa foi a minha lição. Essa É a minha lição. Não importa se cai e quebra. Só complica quando a gente insiste em varrer algumas partes pra debaixo do tapete. Fora isso, é chato, cansa, frustra, mas tem jeito. Às vezes manso, às vezes no grito, mas tem jeito, sim.

Por mim eu mudaria de nome.
De data de aniversário.
De endereço.
A cor dos cabelos.
E dos olhos.
Isso hoje.
E todos os dias.
Por mim.
Eu mudaria.
E mudo, sempre que possível.

Uau, o ano que vinha já veio. E agora?
Ainda em férias, ainda de casa cheia. Quantas bermudas, sungas e biquinis uma máquina de lavar suporta? Quantas toalhas? Quanto protetor solar você precisa providenciar pra não constranger as visitas?

Eu quero que vocês todos que passam sempre por aqui sejam muito felizes, viu! Fiquei assim, emotiva, depois de ver uma retrospectiva fotográfica horrível sobre o ano passado. Como a gente consegue viver num mundo tão cruel, me digam?


E eu também quero ser feliz. Estou cansada de retratos horríveis.


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