Friday, November 4, 2011

Eu nem ia dizer nada, porque hosnestamente acho mais legal

Eu nem ia dizer nada, porque hosnestamente acho mais legal quando esse blog se transforma no meu caldeirão de opiniões a respeito do que acontece em Los Angeles, no Planalto ou na minha caixa de maquiagem. Mas daí eu também percebi que, se aqui é o lugar pra onde trago todas as minhas indignações - até contra a pobre chuva camarada ou a barriga flácida de uma popstar- por que eu ignoraria algo que me indigna de verdade, na pele? Compartilho então. Ontem à noite eu tive uma crise de Pânico. Branda. Ou uma crise de Ansiedade heavy metal. Como todas as outras não teve nenhuma razão aparente ou um fator chave pra que ela fosse deflagrada. Isso é coisa pra se descobrir depois. Estava lá, quietinha e ela me pegou. Como crise de pânico, no meu caso, não pensem em alguém se debatendo ou descabelando ou coisa assim. É só uma sensação MUITO ruim de que algo MUITO ruim está para acontecer comigo. Algo assim, definitivo e que eu não tenho como escapar. Coração na garganta e tudo mais. Acaba logo, questão de minutos pra quem está de fora. Mas pra mim leva um tempo um pouco maior, porque é muito cansativo. Comparar com atropelamento ainda é a melhor imagem pra descrever como eu me sinto fisicamente. E emocionalmente eu me sinto de outra maneira, não só cansada, como no corpo, mas ultrajada- com o caráter sorrateiro disso tudo - e decepcionada. Não comigo, porque sei que estou dando tudo de mim pra superar isso, nem com quem me ajuda nesse processo - terapeuta, família, amigos - mas é uma decepção contra aquilo que não tem controle, contra a química do meu corpo, contra a fisiologia, enfim, contra o imponderável. E é isso. Hoje é dia de pausa, de tomar banho em ofurô imaginário, fazer drenagem emocional. Hoje não tem maquiagem que dê jeito,então vou tratar de melhorar o original...

Não se alarmem com isso, tá? O Pânico anda comigo há quase tanto tempo quanto eu posso me lembrar de poder andar sozinha. Hoje em dia eu lido muito melhor com ele, já não me assusta tanto.


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