Wednesday, October 12, 2011

Asa morena Acontece muito de associar músicas e situações. O

Asa morena

Acontece muito de associar músicas e situações. O tempo todo, na verdade. Como no bom Alta Fidelidade, eu me expresso através da poesia dos outros. Mas também pode acontecer o contrário. Música ruim, mas muito, muito ruim, também pode render memórias. Não que a música em si seja ruim - poucas vezes é - mas a interpretação. E aí existe todo um universo de possibilidades, considerando os chamados "restaurantes com música ao vivo". É. Não estamos falando do Fasano aqui, mas daqueles restaurantes lotados em que a gente acaba se enfiando aos domingos, quando já não é solteiro. Eu exemplificaria por horas. Mas vou sintetizar no cara do domingo passado. Ele, o violão e uma platéia toda concentrada na picanha com alho. Ele fez misérias, meu amigos. A Asa Morena foi pouco. Não aliviava a dor. E então ele atacou com a santíssima trindade de Zé Ramalho. E flutuava entre o próprio tom (pequeninho) de voz e o do Zé. Às vezes tinha uma participação fantasmagórica da Elba. E então já virou lembrança. O almoço em que "uma força me leva a caaaantaaaar, por isso essa COISA estranha no ar... por isso essa voz, essa voz, essa voz, essa voz, ESTRANHAAAAA..."


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