Sunday, April 3, 2011

Sobre o dodóimuito Incrível como na intenção de f...

Sobre o dodóimuito

Incrível como na intenção de fazer uma coisa a gente acaba descobrindo outras doze pelo caminho.
A primeira constatação é: a Medicina não se divide mais em eras pré e pós penicilina. Agora é Antes dos Planos de Saúde e Depois dos Planos de Saúde. Eles colocam uma pessoa lá, sentada atrás de uma mesa ordinária, que não condiz com a mensalidade do seu plano e a principal preocupação dela é se você precisa ou não de um afastamento (atestado). De antemão ela já te diz que não. O detalhe pouco importante é que eu NÃO preciso de um 'afastamento', posto que não posso me afastar de mim e sou minha própria patroa. Mas isso parece não ter muita importância. O importante é dizer que não, sempre, a qualquer custo. Assim mesmo, em ridículo piano forte.
Depois, pesa o fato de que, depois de diminuirem a carga radioativa dos aparelhos de RX, as radiografias não mostram nada com muita clareza, a não ser que seja uma fratura exposta. E convenhamos, uma pessoa que prendeu o dedo na porta não tem mesmo a pretensão de ser o atendimento mais relevante do plantão. Pôxa, na dúvida, acaba logo com meu sofrimento e me dá um analgésico pra cavalos.
Mas não. Depois que a criatura descobre que eu não quero férias do trabalho e que, sim!, está doendo pra caralho, a minha pobre radiografia tosca roda o PS. E claro que ninguém consegue ver direito, porque não tem condição numa imagem tão mal feita. Aliás, em uma delas não aparecem as pontas dos dedos. O que nem seria um problema SE EU NÃO TIVESSE PRENDIDO A PONTA DO DEDO!
Considerando que ninguém vai solicitar uma ressonância do meu dedo até que ele esteja em início de necrose, implorei por uma injeção e corri pra longe daquele lugar. Agora estou muito melhor, graças também aos maravilhosos comprimidos de cetoprofeno, que desintegram o estômago, mas mandam embora todas as dores, menos as existenciais. Mas mesmo essas dores diminuíram bastante, porque minha existência pode não estar ajudando muito a existência das outras pessoas, mas depois do que eu presenciei ontem, já me sinto ótima por não estar atrapalhando.


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