Thursday, January 5, 2012

Milicos Hoje eu ouvi uma expressão que me fez compor um post

Milicos

Hoje eu ouvi uma expressão que me fez compor um post mental imediatamente. O assunto é o que aconteceu em um morro, no Rio. Aquele em que os militares entregaram três garotos para um traficante de uma quadrilha rival.

Eu não vou entrar no core da questão. De que, se foram entregues para uma quadrilha rival, eles faziam parte de uma outra quadrilha. Porque então eu esbarraria em outra questão, já que militares não devem entregar fulano pra cicrano, mas solucionar conflitos. E aí cada um deve perceber as forças armadas de sua maneira pessoal.

Mas teve essa declaração, de um cientista político eu acho, que afirma que permitir que o Exército esteja presente no morro para garantir as obras nos domicílios torna a Instituição "Exército" super-exposta.

Imagino que estejamos mais acostumados com a Instituição "Crime Organizado" super-exposta. Portanto isso soa mais natural. E colocar o Exército no Morro é repressivo. E repressão é uma palavra que agride a liberdade da ciência política.

Pessoalmente, minha liberdade se sente muito mais agredida, acuada, tolhida e meramente fruto da minha imaginação, quando percebo que não posso contar com nenhuma força maior (do Estado, não Divina), para a manutenção da Ordem na minha vida.

E concordo plenamente que a presença de homens armados nas ruas se torna insultante e desnecessariamente ostensiva. Mas a questão se resume aí: se não forem os Homens de Verde Pátria Amada, serão os homens Do Crime.

Fica a cargo de cada um decidir: que tipo de Homens você quer do seu lado?


Negar a realidade em nome de uma utopia não é só estúpido, mas perigoso. Nas filmagens de Tropa de Elite, van e equipamentos foram seqüestrados, vocês devem ter ouvido falar, e só liberados depois da benção dos Donos do Morro. Se há interesse político por trás da escolta do Exército às obras realizadas, é uma questão menor. Fato: se não houver supervisão, o material desapareceria em questão de segundos. Fato.

Três rapazes morreram. Os militares estão envolvidos.
Apurem os fatos. Levem à Justiça (olha só, senso de humor logo pela manhã), mas não joguem tudo numa panela só.
Generalizar é coisa de gente burra.
E preguiçosa.

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