Tuesday, January 3, 2012

Pertinente Minha vizinha, de 8976 anos, me perguntou se eu

Pertinente

Minha vizinha, de 8976 anos, me perguntou se eu sabia por que mesmo os assassinos têm direito a um defensor público. Eu estava com preguiça existencial, mas também não podia deixar a veinha falando sozinha e respondi do fundo do meu coração: não sei. Por mim a gente mandava construir umas arenas públicas, trazia um leões famintos e acabava logo com essa história. Rasa e violenta, essa sou eu, a essa altura dos acontecimentos.

Sujeito matou, todo mundo viu? Bang!
Ou Nhac!, que é muito mais divertido.

Agora tem um "criminalista" culpando a mídia fascista, pelo ódio coletivo a Lindemberto, o apaixonado. Nosso desprezo por sua pessoa e alegria por vê-lo com os córneos inchados não viria de uma revolta natural diante do ato medonho que ele cometeu contra outro ser humano, mas do estímulo intenso da publicidade negativa ao rapaz, formada por edições tendenciosas e superdimensionadas do caráter violento do cidadão em questão.

Então é tudo muito mais simples do que eu imaginava. A garota é inocente, porque assisiu na tv que era normal e desejável namorar desde a infância. O homicida é inocente, porque ele viu filmes demais e todo mundo sabe que os filmes são violentos. E que é tudo ficção, os atos, as motivações, tudo é inventado na cabeça dos roteirista de roliúde, porque nós, seres humanos, não somos malignos assim. Não sozinhos, não por natureza. Isso jamais. Imagem e semelhança de Deus, lembram? Quem nos deturpa é a televisão. E o cinema. E os livros. E os jornais.

Tudo mentira, nós somos bons.
Bons e burros, de acordo com a opinião do criminalista. Já que odiamos o rapaz porque a mídia assim quer.

O Diabo deve estar feliz, já que a carga da danação eterna não é mais carregada por ele.
Já para a mídia, nada menos que fogo e enxofre!

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